segunda-feira, 31 de julho de 2023

Antes de qualquer coisa,

 


respire fundo e sinta orgulho de si mesma. Sei que não tem sido fácil lidar com os últimos acontecimentos, e por isso te parabenizo. Só você sabe como é enfrentar a ansiedade e depressão em níveis extremos. Em níveis que ninguém consegue notar porque o caos é dentro da sua cabeça e não no seu sorriso perfeito e cheio de empatia.
Sinta orgulho de acordar todas as manhãs disposta á mudar tudo. Sinta orgulho da meditação que faz para se acalmar no meio de uma situação caótica. Sinta orgulho de permanecer em si mesma, mesmo quando nem você acredita no próprio potencial. Talvez dessa vez a jornada não seja sobre os outros e sim sobre tudo aquilo que esconde tudo dentro de si e nem conhece direito.
Antes de pensar sobre a próxima história que quer escrever ou que tipo de emprego precisa para sobreviver e viver, respire fundo e sinta orgulha de quem se tornou durante as últimas batalhas. Você poderia ter desistido, poderia ter sucumbido. Teve recaídas, mas não desiste de si mesma porque é teimosa demais para isso.
Antes de tomar a próxima decisão, respira fundo e abra um sorriso. Para si mesma. E lembre-se... de tudo que conquistou e conseguiu até agora. Você fez tudo isso sozinha, garota.
Você venceu.
 
by Carol Hermanas :) 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

A arte me salvou?

 

(foto by Pinterest) 


Os treze anos de idade marcaram a pior experiência amorosa da minha vida. Sim, não estou exagerando escrevendo isso, porque pensem comigo, eu disse "eu te amo" para a pessoa, e tudo que eu recebi foi um doloroso "mas você sabe o quê é amor?". Não, claro. A questão é que a existência das minhas poesias começaram ali. As rimas bobas, porém sinceras foram meu alicerce durante taaaaaantos anos que desde então não parei mais de escrever.

Comecei um curso de escrita criativa, afinal, eu seria ( claro) uma escritora best-seller certo? Estruturei o livro dos meus sonhos: tinha  a personagem em Nova York, namorando o melhor amigo e tantas outras aventuras malucas. Meu primeiro livro publicado por uma editora sem vergonha, mas pelo menos, eu conheci pessoas maravilhosas ( grupo de poetas no curso) e um marido. Sim, o sonho virou realidade e eu casei com o melhor amigo, mas esse não é o ponto aqui. Eu me desfiz inteira apenas para corresponder as expectativas das pessoas, afinal,  uma editora havia me dito "não, você é nova demais para escrever um livro de poesias" e bom, escutei bastante que ninguém comprava livros de poesias. Eu me desfiz inteira para caber num padrão que estava me machucando demais.

Aos meus vinte e noite anos de idade, o meu mundo desmoronou: fiquei desempregada, descobri que minha cachorrinha estava com alguns problemas e bom, meu casamento estava com alguns problemas. A escrita? Se perdeu completamente de mim e eu não sabia o quê fazer para expulsar de mim tudo aquilo que me sufocava. Ansiedade presente, depressão presente. Eu só queria ter uma capa de invisibilidade.

Aos meus trinta anos de idade, a escrita se tornou parte de mim novamente: eu estou escrevendo praticamente todos os dias sobre o que estou sentindo e pensando e desejando. Além disso, estou construindo uma história completamente poética e nunca foi tão difícil, mas nunca foi tão libertador me desprender dos padrões que eu tentei me encaixar. Talvez eu não queira mais publicar nada ( editora, amazon, sei lá), talvez eu me encaixe apenas na poesia e tá tudo bem se não vender nada. Não escrevo para vender, escrevo para sobreviver e liberar todos os sentimentos intrínsecos.

A minha terapeuta uma vez me perguntou " porque você quer tanto escrever uma história e publicar?", e na época eu não sabia a resposta, mas hoje... não quero publicar. Eu só quero que a arte continue me salvando.
Me amando.

Até mais🙂

Antes de qualquer coisa,

  respire fundo e sinta orgulho de si mesma. Sei que não tem sido fácil lidar com os últimos acontecimentos, e por isso te parabenizo. Só vo...